sábado, 24 de julho de 2021

A importância de identificar e controlar o absenteísmo nas empresas

 As faltas ao trabalho nas empresas, podem ser justificadas ou injustificadas. A essas ausências ao trabalho, chamamos de absenteísmo. Alguns sintomas que ocorrem nas empresas podem indicar o porquê do absenteísmo estar ocorrendo, chamando a atenção dos gestores para a necessidade de providências na busca de reduzi-lo ou eliminá-lo.

O absenteísmo é um grave problema enfrentado por muitas empresas. O absenteísmo diz respeito às faltas dos funcionários ao trabalho, por várias razões. Essas faltas influenciam muito na produtividade e por consequência nos resultados da empresa. Com a falta dos funcionários os custos são elevados, a qualidade dos produtos e/ou serviços fica prejudicada, sobrecarrega outros funcionários, além de custos indiretos que muitas vezes não são percebidos pelos gestores.

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Por esses motivos, os gestores devem ficar atentos para compreenderem melhor os motivos do absenteísmo e buscar soluções que diminuam as ausências.

Existem vários "sintomas", nas empresas, de que pode estar ocorrendo o absenteísmo em menor ou maior grau. Vou relacionar, aqui, 5 deles que são bem atuais, e que muitas vezes passam desapercebidos pelos gestores que focam outras questões empresariais e negligenciam às questões de saúde e segurança no trabalho.

Os 5 "sintomas" são:

1. Episódios de assédio moral ou sexual entre chefias e funcionários, ou entre funcionários- O assédio pode ser configurado como condutas abusivas exaradas por meio de palavras, comportamentos, atos, gestos, escritos que podem trazer danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, colocar em perigo o seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho. Com isso, pode acontecer a diminuição da autoestima do funcionário assediado; redução na produtividade; licenças médicas frequentes, sensação negativa em relação ao futuro, entre outros, além de possíveis falhas e acidentes que são prejudiciais tanto para o funcionário quanto para a empresa.

2. Descontentamento de funcionários com o clima organizacional- Alinhado ao modo como os funcionários sentem e visualizam o ambiente de trabalho em que estão inseridos, o clima organizacional relaciona-se a esta percepção coletiva do ambiente. Política interna de contratações, promoções e dispensas; costumes e valores da empresa; o tratamento com os clientes externos; a interação entre os funcionários; o respeito às estratégias empresariais; a liderança exercida pelos gestores, são alguns sentimentos em relação à empresa e seu clima organizacional, que estão conectados com a satisfação ou insatisfação dos funcionários. Se a avaliação destes fatores é negativa, certamente é uma das causas do absenteísmo. As empresas mais bem-sucedidas costumam priorizar uma cultura amparada por valores como bem-estar e felicidade dos funcionários através de programas de qualidade de vida.

3. Ausência de ergonomia, levando a doenças ocupacionais- A ergonomia pode dar várias contribuições para melhorar as condições de trabalho. É preciso que todos os escalões da empresa não negligenciem e não entendam que os ambientes ergonomicamente adequados, seja um custo para a empresa. A participação dos diversos escalões administrativos, com a coordenação de um especialista em ergonomia, na formulação de estratégias visando a adequação ergonômica dos ambientes, pode trazer excelentes resultados reduzindo consideravelmente as doenças ocupacionais e por consequência, à redução do absenteísmo. Uma das formas de executar as estratégias é com a realização de reuniões periódicas, de curta duração, com os profissionais, para discutir conceitos, apresentar resultados e mantê-los informados sobre a evolução e os avanços ergonômicos nos ambientes de trabalho.

4. Métodos e processos de trabalho sem segurança - O ponto central da segurança no trabalho é pensar nas pessoas. Por isso, o objetivo é adequar métodos e processos que ao mesmo tempo sejam eficientes e eficazes, sob o ponto de vista da produtividade e sejam seguros para os funcionários vinculados a eles. Os métodos e processos produtivos quando mais seguros, tendem a aumentar a produtividade eliminado desperdícios de paradas indesejáveis. A padronização dos processos, para a segurança no trabalho, define de forma clara as atribuições de cada integrante do processo. Além dos processos seguros, o uso de equipamento de proteção individual - EPI - pelos funcionários, deve ser uma prática difundida, incentivada e cobrada pela empresa. Não cabe ao funcionário decidir se deve ou não usar o EPI. Também, a disposição e o arranjo de equipamentos de proteção coletiva - EPC-, devem ser uma prática empresarial constante. Essas medidas básicas e também com campanhas de conscientização e prevenção para os funcionários, são ações assertivas que impactam positivamente tanto os funcionários, que reconhecem as ações empreendidas, como toda a empresa de forma geral, reduzindo assim o absenteísmo por falta de segurança. A empresa deve mostrar aos funcionários que a segurança no trabalho faz parte de seus valores.

5. Más condições de trabalho- Diferentemente da falta de segurança, mas não menos importante quando se fala de absenteísmo, as más condições de trabalho dizem respeito à alta demanda psicológica, falta de controle sobre a própria função, pressão da chefia, imposição de decisões de forma vertical, falta de apoio/companheirismo dos colegas, condição de muito esforço com baixa recompensa e falta de reconhecimento, são fatores determinantes para o descontentamento e o possível absenteísmo. O funcionário sabe que o empregador tem o direito de exigir dele trabalho, mas tem obrigação de oferecer condições adequadas para a realização desse trabalho. Essas condições adequadas evitam problemas de saúde física e mental do trabalhador. As más condições de trabalho podem gerar aquilo que os especialistas chamam de "fadiga crônica". A fadiga crônica é um estágio avançado de esgotamento físico e mental que afeta de forma constante as funções psicológicas e motoras dos trabalhadores. Com essas funções afetadas, vem o afastamento do trabalho e o absenteísmo se agrava na empresa. A empresa que negligencia um bom ambiente de trabalho para seus funcionários, ignora a qualidade de vida dos trabalhadores.

 

Pois bem, e tem receita para solucionar esses problemas?

O local de trabalho tem grande influência na assiduidade e pontualidade dos funcionários e equipes. A receita não é milagrosa, mas existem práticas que podem minimizar muito o absenteísmo. Algumas delas são:

a)   Fazer um diagnóstico correto quando algum ou alguns dos sintomas aparecerem;

b)  Investir no bem-estar dos funcionários como, mobiliário adequado, salas de recreação para os intervalos, espaço de descanso, espaço para atividades físicas, entre outros;

c)  Proporcionar treinamentos. Oferecer cursos, palestras com conteúdos relevantes para cada área ou algumas atividades motivacionais também contribuem para manter os funcionários mais motivados com a empresa; 

d) Ter Plano de Saúde para os funcionários. As empresas que têm essa condição, certamente podem prevenir muitas situações de doenças, além de reter muitos profissionais talentosos, por causa deste importante benefício;

e)   Investir na saúde mental e física dos funcionários. A empresa pode oferecer um benefício corporativo que propicia acesso à academias, incentivando a prática de exercícios físicos, melhorando a qualidade de vida dos funcionários;

f)    Definir programas de incentivo à assiduidade. Oferecer alguma recompensa dentro de um programa de incentivo à assiduidade é uma boa prática que as empresas podem adotar. Premiações em bens, dinheiro, viagens ou dia de folga são alguns exemplos que podem ser adotados, sempre com o cuidado de identificar adequadamente o perfil dos recompensados.

 

Desta forma, observar os sintomas e colocar em prática medidas que possam reduzir/eliminar as causas é um desafio imposto aos gestores. Embora muitas empresas ainda ignoram práticas que melhorem a qualidade de vida dos trabalhadores, ter relações hierárquicas mais harmônicas, buscando o comprometimento dos funcionários com os valores e estratégias empresariais, podem resultar num custo social menor dentro do contexto empresarial. O caminho é sem volta, para a melhora das condições de trabalho nas organizações. Para isso são necessários gestores capacitados e funcionários comprometidos, na busca de uma vida melhor para todos, pois a necessidade e a complexidade que o trabalho alcançou nas últimas décadas, amplia sua importância na relação trabalho/saúde e demanda novas estratégicas na busca de condições mais saudáveis nos ambientes de trabalho.



Professor Mario Fernando Mello, Dr.
Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas
UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

segunda-feira, 5 de julho de 2021

O que são as "Hard Skills" e porque são importantes

 As habilidades profissionais que são necessárias para exercer alguma função/profissão, caracterizadas pelo que pode ser objetivamente medido, é o que chamamos de "Hard Skills".

 

Diferentemente das "soft skills" que são habilidades mais voltadas ao perfil comportamental da pessoa, as "hard skills" além de poder serem mais facilmente medidas, são aquelas habilidades que podem ser aprendidas por meio de cursos, treinamentos, workshops entre outros. Ou seja, são as aptidões técnicas de um profissional. 

 

Fonte: Google
Por muitos anos, as "hard skills" foram as principais, senão as únicas habilidades a serem consideradas em um currículo. Por exemplo, uma habilidade técnica de uma pessoa pode ser mais facilmente analisada, uma vez que a pessoa tenha o diploma/certificado e sabe fazer aquela atividade técnica, demonstrando objetivamente, ou não sabe fazer e, portanto, é facilmente identificado.

 

São exemplos de "hard skills":

a)    Cursos técnicos;

b)    Graduação em curso superior;

c)     Especialização em alguma área específica;

d)    Mestrado e Doutorado;

e)    Conhecimento em uma ou mais línguas estrangeiras;

f)     Habilidades ligadas à informática (Pacote Office, por exemplo).

 

Podemos chamar as "hard skills" acima de genéricas, uma vez que são as básicas para se almejar uma colocação no mercado de trabalho. 

 

Sob o ponto de vista da empresa que esteja recrutando pessoas, independentemente do porte, é necessário que ela faça um mapeamento das habilidades necessárias para todas as posições da empresa. Provavelmente, cada função exigirá uma determinada qualificação técnica, por isso a importância do mapeamento.

 

Esse mapeamento possui três vantagens: 

a)  Cria uma descrição precisa e objetiva do perfil desejado para cada uma das áreas mapeadas;

b)    Facilita um primeiro filtro a ser realizado nos currículos recebidos;

c)     Permite a criação de um banco de talentos que facilitará novas buscas futuras.

 

Além das "hard skills" genéricas descritas anteriormente, cada empresa possui necessidades de acordo com suas atividades. Neste caso, chamamos estas "hard skills" de específicas, uma vez que particulariza determinadas funções.

 

São exemplos de "hard skills" específicas:

a)    Habilidade em vendas (empresa que não vende está fadada ao insucesso);

b)    Habilidade em computação em nuvem;

c)     Habilidade em programação e linguagem de programação (PHP e/ou CSS, por exemplo);

d)    Habilidade em Excel avançado;

e)    Habilidade analítica de transformar dados em relatórios para tomada de decisão;

f)     Habilidade em Gestão de Projetos;

g)    Habilidade em UX Design;

h)    Habilidade em melhoria de performance e produtividade;

i)      Raciocínio lógico e analítico;

j)      Habilidade em Internet das Coisas (IoT);

k)     Habilidade em Engenharia Econômica, entre outras.

 

 Fica claro, então, que as "hard skills", podem ser aprendidas e também ensinadas. Sob a ótica da empresa, ela pode ministrar/contratar treinamentos específicos para seu quadro de funcionários visando a busca da qualificação de seus talentos. Já, por parte das pessoas que ainda não estejam contratadas é importante identificar quais habilidades são necessárias àquela vaga pretendida em determinada empresa, e buscar os treinamentos necessários à qualificação. Considera-se, aqui, que as "hard skills" genéricas já estão incorporadas ao profissional.

 

Por fim, digo que um bom histórico acadêmico/técnico pode ser responsável pela sua contratação, porém, o conjunto das "soft skills", combinado com as "hard skills" genéricas e específicas, é responsável pela sua manutenção e ascensão nas empresas.

 

 

Professor Mario Fernando Mello, Dr.

Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas

UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Por que as "Soft Skills" são tão importantes nos dias de hoje?

 As habilidades pessoais/interpessoais baseadas na personalidade, ganham cada vez mais importância, não só no mundo corporativo, como na vida cotidiana.

 

Destacar-se no mercado de trabalho é o desafio para profissionais que buscam sua realização pessoal e também financeira. As soft kills são habilidades pessoais baseadas na personalidade, ou seja, naquilo que somos. A habilidade de escutar os outros, a habilidade de falar sem ser monopolizador, a disposição para aprender, entre outras, são exemplos de soft kills. Podemos sim, desenvolver estas habilidades, porém elas não são de fácil "medida", embora possam sim ser medidas.
 

 

Exerci por muitos anos cargos de gestão na alta direção de uma grande instituição financeira nacional e continuamente me deparava com situações em que a falta de algumas dessas habilidades (soft skills) trazia problemas para a instituição. Comecei, então, a treinar as pessoas para que desenvolvessem essas habilidades baseadas na personalidade, que hoje chamamos de sfot skills. Não foi e não é tarefa fácil fazer com que muitas pessoas entendam a necessidade de desenvolver essas habilidades.

 

Hoje sou Professor Universitário num Centro de Tecnologia de uma grande universidade federal e me dedico muito a fazer com que os jovens não negligenciem sua formação nas soft skills, pois elas podem trazer muitas vantagens no concorrido mercado de trabalho e também podem acrescentar muitas qualidades na sua vida pessoal.

 

Baseado nestas minhas experiências, fiz uma lista de 7 soft skills que considero fundamental para encarar os desafios da vida. São elas:

 

1. Atitude proativa e positiva- uma atitude positiva não significa dizer que você esteja sempre no mundo do otimismo. Significa que você entende a realidade e pode enxergar oportunidades de melhoria dentro daquela realidade. Ser positivo e proativo faz muita diferença no meio de tanta mediocridade, negacionismo e pessimismo. Porém, não esqueça: você deve ser genuíno e não forçar atitudes que normalmente não são suas características.

 

2. Disposição para aprender- o seu diploma, seus certificados dos cursos realizados, todos são importantes. Porém, nunca ache que já aprendeu tudo que devia ou que podia. Nosso cérebro tem capacidade infinita de expansão e por isso, sempre tem espaço para aprender mais. Os ambientes de trabalho estão em constante mudança e evolução. Se abra para novas experiências e tenha vontade de aprender. As empresas valorizam muito quem tem essa vontade e disposição para aprender.

 

3. Saber trabalhar com a escassez- todos sabemos que os recursos são finitos. As empresas nem sempre tem recursos para novos investimentos sejam em máquinas e equipamentos, ou até mesmo em mais funcionários. Então saber adaptar-se à realidade da empresa é uma habilidade muito valorizada pelos empresários. Isso não significa não ter visão de futuro e não ter planejamento de crescimento. Significa sim, entender as circunstâncias e a finitude dos recursos.

 

4. Saber trabalhar sob pressão- assim como a escassez de recursos se faz presente, a pressão pelo gerenciamento do tempo, pela produtividade e pelo atingimento de metas e resultados é cada vez maior em função do mercado altamente competitivo e, muitas vezes cruel. Ser resistente para absorver as pressões e possíveis fracassos momentâneos, é um diferencial importante para angariar experiências visando os novos desafios.

 

5. Ter uma boa comunicação verbal- saber se comunicar adequadamente é uma necessidade vital dentro das organizações. Isso inclui o trabalho em equipes, cada vez mais valorizado, a interação com os colegas de trabalho, sejam eles subordinados ou hierarquicamente superiores. Essa interação, que deve ser pacífica, dentro do ambiente de trabalho, inclui também, as horas de tempo livre. Vou dizer o que parece tão óbvio, mas que muitas vezes as pessoas não observam: nem falar de mais, nem falar de menos. Esse é o grande desafio: achar o equilíbrio e a pertinência das palavras. 

 

6. Ter uma boa "escutatória"- o grande escritor Rubem Alves escreveu: "Escutar é complicado e sutil. Sempre vejo cursos de oratória e nunca vi cursos de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar, mas ninguém quer aprender a escutar". No ambiente corporativo, escutar e seguir as instruções é uma parte importante dentro da engrenagem da organização. Mas, saber escutar além das instruções é uma importante habilidade da personalidade. Esta é minha soft skillpreferida. Quem não sabe escutar se torna egoísta e com sua visão limitada.

 

7. Ser uma pessoa honesta e confiável - acharia desnecessário escrever sobre esta soft skill, por razões óbvias. Todos deveríamos ser assim, mas infelizmente a realidade do dia a dia é outra. Então, seja coerente, mostre às pessoas que elas podem confiar em você. A confiança também diz respeito à cumprimento de prazos, a não dar ouvidos às "fofocas" da rádio corredor, a ser ético. O maior ativo seu é sua honestidade e confiabilidade. Seu nome.

 

Assim, nunca negligencie o impacto que as soft kills podem causar na sua carreira e na sua vida, pela falta delas. Vivemos em sociedade e cada vez mais expostos aos "tribunais" de julgamentos das nossas atitudes. Portanto saber que existem e desenvolver essas habilidades da nossa personalidade é dar valor à sua inteligência e à sua capacidade de entender melhor o mundo em que vivemos.

 

Então, lembre-se: um bom histórico acadêmico pode, muitas vezes, ser suficiente para sua contratação, mas essas habilidades interpessoais são responsáveis pela sua manutenção e ascensão nas organizações.

 

Professor Mario Fernando Mello, Dr.

Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas

UFSM - Universidade Federal de Santa Maria

segunda-feira, 15 de março de 2021

Você sabe quais princípios são levados em conta para escrever/revisar as NRs?

Fonte: Google

Sempre que for necessário escrever ou revisar uma Norma Regulamentadora - NR - alguns princípios essenciais são necessários para uma boa prática redacional regulatória. 

De acordo com o Manual de Redação da Presidência da República, a clareza deve ser a qualidade básica de todo o texto oficial. 

A seguir são apresentados os 7 Princípios Essenciais para a prática redacional.

1. Legalidade - Estrita observância à lei, nenhum ato normativo pode ser reconhecido como de excelência à revelia da lei.

2. Impessoalidade - Advém da condução neutra e uniforme mediante o uso do padrão culto de linguagem, formalidade e padronização, que possibilitam a imprescindível uniformidade dos textos.

3. Moralidade - Observação das regras de conduta ética nortearas do agente público; valores morais; compromisso ético.

4. Responsabilidade - Obrigação de empreender as providências essenciais; preencher lacunas ou corrigir os defeitos identificados na regulamentação em vigor; impõe ao regulador o dever de agir e dar uma resposta rápida e eficaz aos problemas que se colocam.

5. Publicidade (transparência) - Participação e consulta das partes interessadas desde a fase inicial de elaboração da regulamentação; disponibilização e divulgação intensiva da regulamentação, de forma a torná-la acessível a todos que a devem cumprir.

6. Subsidiariedade (necessidade, proporcionalidade) - Avaliação das alternativas para se certificar de que a regulamentação é o melhor instrumento para alcançar os fins desejados de maneira eficaz.

7. Eficiência - Deriva da clareza e da concisão, que por sua vez são função, da linguagem acessível, da simplicidade, da ausência de ambiguidades e da objetividade (concisão).  

Conforme especifica o Art. 155 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT - a competência de regulamentação em Segurança e Saúde no Trabalho é do Ministério do Trabalho (MTb), por intermédio da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), que se encarrega tanto da elaboração, como da revisão, atualização e implementação das Normas Regulamentadoras.

O Ministério do Trabalho foi extinto em 2019 e suas atribuições foram alocadas nos Ministérios da Economia, da Cidadania e da Justiça.

Atualmente existem 37 Normas Regulamentadoras - NR - em vigor no Brasil, tratando dos diversos temas relacionados à Saúde e Segurança no Trabalho.

Quando da necessidade da revisão/reformulação de alguma NR, o órgão responsável (normalmente alguma secretaria dos ministérios envolvidos), abre uma consulta pública para alguém que queira se manifestar sobre a NR, possa fazê-lo.


15 de março de 2021
Professor Mario Fernando Mello
Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas
UFSM