quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Engenharia de Segurança - Gestão das Normas Regulamentadoras-NR

Fonte: Google
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A portaria 3.214, de 8 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego aprovou as Normas Regulamentadoras-NR, que ao longo do tempo foram se modificando e se modernizando atendendo as exigências de um mercado de trabalho em constante mudança.

Atualmente no Brasil existem 37 Normas Regulamentadoras-NR.

O objetivo das NR é apresentar os requisitos obrigatórios e necessários, em algumas atividades, de forma generalista e em outras de forma específica para tratar de atividades específicas.

Esta classificação tem objetivo de facilitar a implantação de um adequado sistema de gestão ocupacional, para o cumprimento da legislação, porém não tem caráter legal ou obrigatório, esta classificação. 

Cada organização, dependendo de seu segmento, pode alterar esta classificação, uma vez que cada NR trata de um tema, porém, muitas delas estão interligadas, existindo uma correlação que pode envolver assim, uma equipe multidisciplinar. 


As NR GENERALISTAS são aquelas que asseguram o sistema e são a base para às demais ações específicas.

Já as NR ESPECÍFICAS demandam cuidados especiais com determinadas atividades e normalmente requerem a atuação de técnicos especialistas, naquela área. Em função das suas especificidades, podem exigir direcionamento para outras normas técnicas, da ABNT, por exemplo.



Vou iniciar esta série de postagens tratando de uma NR Específica, a NR-12, que trata da Segurança em Máquinas, Equipamentos e Instalações. 

Fazendo uma livre análise a respeito da norma, sugiro a utilização de alguns indicadores em Segurança do Trabalho. Nos sistemas de Gestão em Segurança do Trabalho, não se pode prescindir de controles, métricas, diagnósticos, análises e ações de prevenção e correção visando ao principal objetivo que é a segurança do trabalhador. Porém, esta segurança, traz também benefícios para a empresa evitando afastamentos e consequentemente custos, muitas vezes bastante elevados.

A NR-12 é uma das normas mais extensas pela sua grande abrangência. São 12 anexos que orientam sobre as diversas atividades em máquinas, equipamentos e instalações. 

A seguir os 12 anexos da NR.

Fonte: Google
Percebe-se que para cada tipo de máquina ou equipamento existe uma regulamentação específica (anexos), ou seja, um conjunto de requisitos que precisa ser levado em consideração tanto para projeto, aquisição ou uso. Esses requisitos são muito importantes para garantir a segurança dos trabalhadores.

Um alerta importante, a respeito da NR-12, é que na aquisição de máquinas e equipamentos, sejam nacionais ou importados, a empresa deve atentar para que estejam em acordo com a NR-12.

Assim, observar os requisitos da NR-12 é valorizar tanto a proteção coletiva quanto a proteção individual dos trabalhadores. Tomar todos os cuidados na gestão da segurança do trabalho, visando diminuir a probabilidade de acidentes e doenças ocupacionais é um avanço em termos de responsabilidade social, qualidade de vida e respeito humano que a empresa pode galgar. Como contrapartida a empresa tem uma melhor e mais eficiente produtividade, melhorando assim o seu desempenho.

16 setembro de 2020
Professor Mario Fernando Mello
Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas
UFSM


sábado, 5 de setembro de 2020

Gestão da mudança

Fonte: Google
 Vários empreendedores têm dificuldade em lidar com mudanças. 

A pandemia do Covid-19, só deu uma alternativa às empresas: ou muda, ou quebra.

 

Nos tempos em que a pandemia do Covid-19 tomou conta do mundo, administrar mudanças não é uma tarefa fácil. Os desafios para época normal, sem pandemia, já são imensos, imagina o quanto aumentaram nesta situação atípica.

Para gerir mudanças, o Professor John Kotter da Harward Business School, criou nos anos 2000, o que ele chamou de "modelo de oito etapas de Kotter". 

Revisitando o modelo, percebi que nada é mais atual que o modelo de Kotter, na gestão de mudanças.

 

Fiz uma livre análise do modelo e compilei as oito etapas elaborando uma sintetização para escrever este post. Assim, as oito etapas são as seguintes, adaptadas para este momento de pandemia:


Etapa 1 - Desenvolver as "cabeças" para a urgência- Abrir um diálogo franco com os funcionários sobre a situação atual do negócio frente à pandemia. O foco é convencer os funcionários de que a situação é extremamente difícil e, portanto, precisa de novas atitudes. Criar pequenas alterações no comportamento é fundamental. Se vários funcionários entenderem a necessidade da mudança, o senso de urgência se intensifica naturalmente. 

 

Etapa 2 - Criar alianças fortes- É fundamental conversar, explicar e convencer os formadores internos de opinião, para a necessidade da mudança. Lembre-se que os formadores de opinião, nem sempre são os gerentes/chefes. Muitas vezes são funcionários sem nenhum cargo de chefia, mas que exercem certa liderança sobre os demais.

 

Etapa 3 - Incentivar uma visão de mudança- As pessoas têm visões diferentes das diversas situações dentro da empresa. Envolver as pessoas-chave fará com que elas se sintam também responsáveis pela necessidade da mudança. A pandemia trouxe novos conceitos principalmente sobre serviços. Segurança e agilidade são desafios importantes a serem superados. Enxergar o cliente de outra maneira, também é desafio.

 

Etapa 4 - Veicular a visão de mudança- Divulgue sua mensagem a toda empresa independente da hierarquia. Fazer um bom e convincente "discurso" vai ajudar muito. Mostre o propósito da mudança. Não deixe as "fake news" se propagarem dentro da empresa.

 

Etapa 5 - Afastar possíveis obstáculos- As resistências de muitas pessoas podem se tornar obstáculos. Trabalhe arduamente para não atravancar as mudanças.

 

Etapa 6 - Prover vitórias pequenas e rápidas- Apresente indicativos concretos de que as coisas estão encaminhando-se para a direção certa. As vitórias imediatas e rápidas ajudam a criar a audácia para buscar as mudanças maiores.

 

Etapa 7 - Solidificar a mudança- Comemorar antes da hora não é uma boa política. As coisas mudam muito rapidamente, portanto solidificar as pequenas vitórias é base para a busca de desafios maiores.

 

Etapa 8 - Enraizar as mudanças na cultura corporativa- Cumpridas as sete etapas anteriores é preciso fundamentar nas rotinas de trabalho. Novos valores e comportamentos contemplados nas fases de mudança, agora passam a incorporar a cultura corporativa. Porém, isso não é por "decreto". É preciso que o líder não negligencie a parte emocional dos funcionários, fazendo com que eles percebam que os problemas decorrentes da necessidade de mudança, não se resolveram por conta, mas sim com o engajamento de todos. 

 

Por fim, considero este modelo extraordinário para a promoção da mudança, lembrando e ressaltando que o engajamento de todos é o melhor caminho. Não importa o tamanho da empresa, importa a necessidade, a vontade, a razão e o propósito para fazer as mudanças.


05 setembro de 2020
Professor Mario Fernando Mello
Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas
UFSM